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Clássico da Poesia: Odes Menores do Reino, Livro II - Década de Baihua (170 a 174)

Carpas coloridas a nadar com o reflexo do sol ilustra este post sobre o Shijing, o Livro das Canções.

Ni hao!

Este é mais um post da série com a tradução dos 305 poemas do Shijing - Clássico da Poesia (ou Livro das Canções), a mais antiga coleção de poemas da China, supostamente compilada por ninguém menos que Confúcio.

Como não entendo quase nada de mandarim, as traduções são feitas a partir da clássica versão em inglês com a qual nos brindou James Legge.

Os 5 poemas a seguir são do Livro II - Década de Baihua, da segunda parte da obra: Odes Menores do Reino.

Divirta-se!


170. Yu Li

Os peixes passam para o cesto,
Mandíbulas amarelas e sopradores de areia.
Nosso anfitrião tem bebidas,
Boas e em abundância.

Os peixes passam para o cesto,
Brema e tenca.
Nosso anfitrião tem bebidas,
Em abundância e boas.

Os peixes passam para o cesto,
Peixe-lama e carpa.
Nosso anfitrião tem bebidas,
Boas e em quantidade.

Os mantimentos são abundantes
E eles são admiráveis.

Os mantimentos são excelentes,
Tanto da terra, como do mar.

Os mantimentos estão em quantidade,
E todos da temporada.


171. Nan You Jia Yu

No sul é o barbo,
E, em multitudes, eles são levados sob cestas.
O anfitrião tem bebidas
Com as quais seus admiráveis convidados festejam com ele alegremente.

No sul é o barbo,
E, em multitudes, eles são levados com redes de vime.
O anfitrião tem bebidas
Com as quais seus admiráveis convidados festejam com ele, encantados.

No sul, há árvores com galhos curvados caídos,
E as cabaças doces se apegam a eles.
O anfitrião tem bebidas
Com as quais seus admiráveis convidados festejam com ele animadamente.

As pombas filiais continuam voando,
Chegando em multitudes.
O anfitrião tem bebidas
Com as quais seus admiráveis convidados festejam com ele de novo e de novo.

172. Nan Shan You Tai

Nas colinas do sul está o pé de tai,
Nas do norte, está o lai.
Para ser regozijados estais vós, homens nobres,
As fundações do Estado.
Para ser regozijados estais vós, homens nobres;
Que vossos anos sejam miríades e sem fim!

Nas colinas do sul estão as amoreiras,
Nas do norte, estão os salgueiros.
Para ser regozijados estais vós, homens nobres,
A luz do Estado.
Para ser regozijados estais vós, homens nobres;
Que vossos anos sejam miríades, ilimitados!

Nas colinas do sul estão nêsperas;
Nas do norte, estão as ameixeiras.
Para ser regozijados estais vós, homens nobres,
Pais do povo.
Para ser regozijados estais vós, homens nobres;
Que vossa fama virtuosa não tenha fim!

Nas colinas do sul está o Kao;
Nas do norte, está o Niu.
Para ser regozijados estais vós, homens nobres,
Não tendes as sobrancelhas da longevidade?
Para ser regozijados estais vós, homens nobres;
Que vossa fama virtuosa seja abundante!

Nas colinas do sul está o gou;
Nas do norte, está o xu.
Para ser regozijados estais vós, cavalheiros;
Vós não tereis o cabelo grisalho e o rosto enrugado?
Para ser regozijados estais vós, cavalheiros;
Que vós possais preservar e manter vossa posteridade!


173. Liao Xiao

Quanto tempo cresce o abrótano,
Com o orvalho sobre si tão brilhante!
Agora que vejo meus nobres homens,
Meu coração está totalmente satisfeito.
Enquanto nos banqueteamos, nós rimos e conversamos;
É certo que eles deveriam ter fama e prosperidade!

Quanto tempo cresce o abrótano,
Com o orvalho sobre si tão abundante!
Agora que vejo meus nobres homens,
Eu agradeço seu favor e seu brilho.
Sua virtude é sem mácula de erro;
Que eles possam viver muito e não sejam esquecidos!

Quão alto é o abrótano,
Todo molhado com o orvalho caído!
Agora que vejo meus nobres homens,
Grandemente nós banqueteamos, encantados e complacentes.
Que suas relações com seus irmãos estejam corretas!
Que eles sejam felizes em sua excelente virtude para a velhice!

Quão alto é o abrótano,
Com o orvalho sobre si tão rico!
Eu vi meus nobres homens
Com as pontas das rédeas penduradas,
Com os sinos tilintando em suas tábuas e freios.
Que toda a felicidade se junte a eles.

174. Zhan Lu

Pesado jaz o orvalho;
Nada além do sol pode secá-lo.
Felizes e longamente, noite adentro nós bebemos;
Até que todos estejam bêbados, não há como se retirar.

Pesado jaz o orvalho
Na grama luxuriante.
Felizes e longamente, noite adentro nós bebemos.
No honrado aposento, completamos nosso festim.

Pesado jaz o orvalho
Nos salgueiros e jujubeiras.
Distintos e verdadeiros são meus nobres convidados,
Cada um de excelente virtude.

Desde o Tong e o Yi
Seus frutos pendem.
Felizes e senhores de si são meus nobres convidados,
Cada um deles de excelente comportamento.



É isso aí. Zái Jiàn!


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Créditos e referências

Ilustrações e fotos creditadas na ordem em que aparecem no post.


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