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Clássico da Poesia: Lições dos Estados, Livro XIV - Odes de Cao (150 a 153)

Pelicano batendo as asas sobre a água ilustra este post sobre o Shijing, o Livro das Canções.

Ni hao!

Este é mais um post da série com a tradução dos 305 poemas do Shijing - Clássico da Poesia (ou Livro das Canções), a mais antiga coleção de poemas da China, supostamente compilada por ninguém menos que Confúcio.

Como não entendo quase nada de mandarim, as traduções são feitas a partir da clássica versão em inglês com a qual nos brindou James Legge.

Os 4 poemas a seguir são do Livro XIV - Odes de Cao, da primeira parte da obra: Lições dos Estados.

Divirta-se!


150. Fu You

As asas da efêmera
São vestes, brilhantes e esplêndidas.
Meu coração está pesaroso;
Será que elas viriam e permaneceriam comigo?

As asas da efêmera
São vestes, variadamente adornadas.
Meu coração está pesaroso;
Será que elas viriam e descansariam comigo!

A efêmera irrompe de sua toca
Com um manto de cânhamo como neve.
Meu coração está pesaroso;
Será que elas viriam e se hospedariam comigo!


151. Hou Ren

Aqueles oficiais de escolta,
Tenham seus portadores de lanças e alabardas.
Mas essas criaturas
Com suas trezentas capas vermelhas para os joelhos!

O pelicano está na represa
E não irá molhar suas asas!
Essas criaturas
Não são iguais a suas vestimentas!

O pelicano está na represa
E não irá molhar seu bico!
Essas criaturas
Não respondem ao favor que apreciam.

Extensa e luxuriante é a vegetação,
E sobre a colina do sul pela manhã sobem os vapores.
Terna é ela e adorável,
Mas a jovem está sofrendo de fome.

152. Shi Jiu

A pomba-tartaruga está na amoreira
E seus jovens filhotes são sete.
O homem virtuoso, aquele principesco,
Está uniformemente correto em sua conduta.
Ele está uniformemente correto em sua conduta,
Seu coração é como se estivesse atado ao que é correto.

A pomba-tartaruga está na amoreira,
E seus jovens filhotes estão na ameixeira.
O homem virtuoso, aquele principesco,
Tem sua cinta de seda.
Sua cinta é de seda
E seu barrete é de pele de veado malhado.

A pomba-tartaruga está na amoreira,
E seus jovens filhotes estão na jujubeira.
O homem virtuoso, aquele principesco,
Não tem nada de errado em sua conduta.
Ele não tem nada de errado em sua conduta
E assim ele purifica os quatro quadrantes do Estado.

A pomba-tartaruga está na amoreira,
E seus jovens filhotes estão na aveleira.
O homem virtuoso, aquele principesco,
Purifica o povo do Estado.
Ele purifica o povo do seu Estado:
Que ele continue por dez mil anos!


153. Xia Quan

Frias vem as águas descendo daquela nascente
E inundam a espessa grama cauda-de-lobo.
Ah, eu! Eu acordo e suspiro
Pensando naquela capital de Zhou.

Frias vem as águas descendo daquela nascente
E inundam o espesso abrótano.
Ah, eu! Eu acordo e suspiro
Pensando naquela capital de Zhou.

Frias vem as águas descendo daquela nascente
E inundam as espessas plantas divinatórias,
Ah, eu! Eu acordo e suspiro
Pensando naquela cidade capital.

Lindamente cresceram os campos do painço novo,
Enriquecidos pelas chuvas de fertilização.
Os Estados tinham seu soberano
E havia o chefe de Xun para recompensar seus príncipes.



É isso aí. Zái Jiàn!


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Créditos e referências

Ilustrações e fotos creditadas na ordem em que aparecem no post.


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