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Clássico da Poesia: Lições dos Estados, Livro XIII - Odes de Gui (146 a 149)

Agnus Dei, o cordeiro de Deus, do Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa, Portugal, ilustra este post sobre o Shijing, o Livro das Canções.

Ni hao!

Este é mais um post da série com a tradução dos 305 poemas do Shijing - Clássico da Poesia (ou Livro das Canções), a mais antiga coleção de poemas da China, supostamente compilada por ninguém menos que Confúcio.

Como não entendo quase nada de mandarim, as traduções são feitas a partir da clássica versão em inglês com a qual nos brindou James Legge.

Os 4 poemas a seguir são do Livro XIII - Odes de Gui, da primeira parte da obra: Lições dos Estados.

Divirta-se!

146. Gao Qiu

Em seu pêlo de cordeiro você anda por aí;
Em sua pele de raposa você mantém sua corte.
Como eu não deveria pensar ansiosamente em você?
Meu coração calejado está cheio de pesar.

Em seu pêlo de cordeiro você vagueia sem rumo;
Em sua pele de raposa você aparece em seu salão.
Como eu não deveria pensar ansiosamente em você?
Meu coração está ferido de sofrimento.

O pêlo do seu cordeiro, como se estivesse coberto de unguento,
Reluz quando surge o sol.
Como eu não deveria pensar ansiosamente em você?
No fundo do meu coração estou entristecida.


147. Su Guan

Se eu pudesse ver o barrete branco,
E o fervoroso enlutado deveras extenuado!
Meu coração calejado está desgastado pela dor!

Se eu pudesse ver a roupa branca [inferior]!
Meu coração está ferido de tristeza!
Eu deveria me inclinar a ir viver com quem a veste!

Se eu pudesse ver as brancas joelheiras!
A tristeza está atada ao meu coração!
Eu deveria sentir quase como uma só alma com quem as usa!


148. Xi You Chang Chu

Nos terrenos baixos e enxarcados está o pé de carambola;
Suaves e flexíveis são seus ramos
Com o brilho da beleza terna.
Eu deveria me alegrar de ser como você, [ó árvore], sem consciência.

Nos terrenos baixos e úmidos está o pé de carambola;
Suaves e delicadas são suas flores
Com o brilho de sua terna beleza.
Eu deveria me alegrar em ser como você, [ó árvore], sem uma família.

Nos terrenos baixos e úmidos está o pé de carambola;
Suave e delicada é sua fruta
Com o brilho de sua terna beleza.
Eu deveria me alegrar em ser como você, [ó árvore], sem um lar.


149. Fei Feng

Não pela violência do vento;
Não por um movimento apressado de uma carruagem;
Mas quando eu olho para a estrada para Zhou
Tenho dor no fundo do meu coração.

Não pelo redemoinho;
Não pelo movimento irregular de uma carruagem;
Mas quando eu olho para a estrada para Zhou
Tenho tristeza no fundo do meu coração.

Quem pode cozinhar peixe?
Eu lavarei suas caldeiras para ele.
Quem irá lealmente para o oeste?
Eu irei animá-lo com boas palavras.



É isso aí. Zái Jiàn!


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Créditos e referências

Ilustrações e fotos creditadas na ordem em que aparecem no post.


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