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A Arte da Guerra e a estratégia aplicadas à questão ambiental. Pode?

O Monstro do Pântano, em meio a seu habitat, oferece buquês de flores vermelhas

A essa altura dos acontecimentos, não é segredo pra ninguém que um dos aspectos centrais da filosofia militar de Sun Tzu, eternizada no livro A Arte da Guerra, pode ser resumido na prevalência da inteligência sobre a força bruta.

Frank Miller e Bruce Wayne sabiam muito bem disso e fizeram o Super-homem descobrir de um jeito que não foi muito agradável para ele (sim, estou a falar do Cavaleiro das Trevas, e recomendo "de com força" a leitura).

Para realizar todo o potencial que este pensamento encerra, há que se lançar mão de duas coisas não por acaso muito em voga no reino da administração de empresas: planejamento e estratégia.

E para se fazer essas coisas direito, nada melhor que o uso de inteligência, aqui entendida como quaisquer ações que visem a obter dado ou informações com o objetivo de gerar conhecimento útil para se atingirem os fins desejados (definição minha, desculpe se não concorda, mas pode comentar, viu?).

Dito isto, alcançamos o objetivo desse post: meio ambiente. Já não é de hoje que se fala em cuidar da natureza, deixar um mundo melhor para nossos filhos ou vice-versa, etc, etc, etc.

No entanto, as ações no sentido de resolver essa questão ainda são tímidas, pontuais e com efeitos limitados geograficamente.

Poucos são os países que possuem uma estratégia consistente para a questão. Menos ainda, os que põem em prática sua estratégia, seja ela consistente ou não.
Mineira e resumidamente falando, definir uma estratégia (ou planejamento estratégico) é nada mais nada menos que tratar de responder a três perguntinhas básicas: oncotô, proncovô e concovô (percebe o mineirês?). Traduzindo:

  1. onde eu estou;
  2. pra onde quero/devo ir; e 
  3. como faço para chegar lá! 

Simples assim.

Claro, há várias técnicas e metodologias disponíveis para se lidar com estas dúvidas quase metafísicas (incluindo uma tal de análise SWOT, um tal de BSC e um tal de KPI).

Mas no final das contas, até onde eu já entendo deste negócio, tudo se resume a responder, da melhor maneira possível, às três perguntas acima.

Estratégia ambiental no mundo

(Antes de prosseguir, um alerta: as informações a seguir são completamente subjetivas, uma mistura de achismo e de feeling; portanto, se você discordar de algo, por favor, deixe seu comentário que terei o maior prazer em corrigir qualquer impropério)

No âmbito mundial, no que diz respeito a meio-ambiente, acho que não restam dúvidas de que sabemos "onquitamos". "Pronquivamos" também está mais ou menos claro.

Digo, sabemos para onde vamos, se nada fizermos, e (malemale) sabemos para onde devemos ir.
No entanto, ainda estamos patinando gostoso no que diz respeito ao "conquivamos". Como diz um tio meu (mais ou menos), mais perdidos que cachorro cego que cai da mudança no meio de um tiroteio.

Notem, isso no âmbito mundial!

Já os países, em sua imensa maioria, também patinam, mas ainda no "oncotô".

E à medida em que passa o tempo sem respondermos a essas perguntas básicas, a questão da meio ambiente permanecerá sendo uma coadjuvante quando na verdade deveria ser o ponto de partida para todas as outras.

Estratégia ambiental no Brasil

Então, vamos lá: Brasil. Temos um ministério do Meio Ambiente, uma lei que trata de resíduos sólidos e... não muita coisa mais que isso.

Planejamento estratégico, bem, se nem o Ministério do Planejamento tem, imagina o do Meio Ambiente.  

  1. Onde estamos? Inundando a Amazônia, em vez de investir (seriamente) em outras fontes de energia renovável.  
  2. Pra onde vamos? Ganhar a Copa, claro (ou não, mas pelo menos teremos eleição). 
  3. E como vamos? Bem, temos o Felipão e o Neymar Fred e o Eymael.

Viu como a coisa é séria?

Felizmente temos muita gente preocupada com a situação e agindo, ainda que pontual e localmente.

Não é o que vai resolver o problema, embora seja um alento e a coisa esteja começando a tomar vulto.

Quem sabe esses bons exemplos vindos de baixo não contribuam para que o espírito de Sun Tzu baixe em Brasília e, finalmente, possamos responder às perguntas fundamentais do universo.

A resposta, no caso, não será 42.

Enquanto isso, pegue sua toalha e não entre em pânico!

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A imagem que abre o post, pescada do site Pipoca e Nanquim, é do Monstro do Pântano (Swamp Thing, em inglês), um dos principais personagens criados por Len Wein (o mesmo cara que criou o Wolverine), em parceria com Berni Wrightson.

Guiato.com.br  Esse texto foi produzido para participar da campanha "Meu blog é neutro em CO2", criada e incentivada pelo Guiato, e acabou sendo um texto que gostei de escrever. Espero que você também goste e, se lhe apetecer, participe da campanha também. Não custa nada!

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