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Imagem promocional da personagem de Peter Dinklage para a 4a. temporada (2014) da série de TV Game of Thrones
<< Tyrion Lannister, o mestre do gogó -- via Série Maníacos >> 

Finalmente ontem (03/11) terminei de reler A Arte da Guerra. Certamente, até por conta deste meu projeto, observei nuances e obviedades que eu não tinha observado em minha leitura anterior. 

Provavelmente ainda vou reler outra(s?) vez(es?), mas já consegui diversos insights para o livro, sobre os quais conversaremos em breve -- inclusive um provável título.

Por enquanto quero falar a respeito de como, nos filmes e séries que tenho assistido, passei a enxergar os preceitos de Sun Tzu. Mais especificamente na série Game of Thrones -- que vem a ser uma das boas coisas produzidas pela TV nos últimos anos.

Adaptada de uma série de livros de George R. R. Martin intitulada As Crônicas de Gelo e Fogo, a história se passa num mundo fictício, com jeito de Idade Média, em que diversos reinos disputam a hegemonia.

Traições, confabulações, guerras, sexo e sangue são alguns dos ingredientes básicos da trama -- muito bem contada e produzida.

Como você gostaria de morrer?

Alianças são feitas, desfeitas e refeitas a todo momento e esse é um dos pontos que me chamam a atenção no que diz respeito ao livro de Sun Tzu. Entre os temas que se destacam na obra chinesa, a necessidade de estabelecer alianças é constantemente realçada.
E há um personagem na série da TV -- um dos melhores na primeira temporada -- que é mestre na arte de estabelecer alianças bem ao estilo de Sun Tzu: a qualquer preço. Falo de Tyrion Lannister, personagem interpretado pelo ator Peter Dinklage, cuja característica física mais marcante é ser anão.

Já quanto à personalidade, é de uma perspicácia ímpar, e até o final da primeira temporada da série conseguiu sair-se das situações mais difíceis utilizando-se de sua arma mais poderosa: a lábia -- seja pela via do convencimento puro e simples, seja por estar sempre disposto a oferecer as mais polpudas recompensas.

Uma passagem emblemática desta característica é o momento em que ele é cercado por bárbaros em uma floresta e, indagado sobre como deseja morrer, responde:

Aos 80 anos, em minha cama, com a barriga cheia de vinho e o p... na boca de uma mulher.

Parafraseei um pouco, mas o fato é que tal resposta não apenas desarmou os espíritos dos bárbaros, mas abriu caminho para que ele propusesse uma aliança envolvendo ouro, terras e glória.

Não deu outra. Acabou se tornando o líder dos bárbaros na batalha que sucedeu-se pouco depois (embora não tenha lutado) e continuou vivo e mordaz.

Há ainda diversos outros exemplos de quão predisposto a alianças é o personagem (e do quanto ele as considera importantes, como o do vídeo acima), mas acho que este episódio dos bárbaros resume tudo.

Também demonstra que Sun Tzu sabia do que estava falando quando escreveu A Arte da Guerra -- e não é apenas a ficção que prova isso.

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